Lupi, tendo ao seu lado o secretário geral do PDT, Manoel Dias, anunciou
que a direção nacional do partido avalia a possibilidade de entrar com
uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal
(STF) contra a criação do chamado Grupo de Atuação Especial contra o Crime
Organizado (GAECO), que reúne policiais civis e militares sob o comando de um promotor
de justiça, designados pelo governador Beto Richa (PSDB), órgão responsável
pelas prisões das autoridades municipais de Londrina.
“Prender pessoas conhecidas na cidade, todas com endereço fixo, sem
antecedentes criminais, sem julgamento e com base apenas em suspeitas, é um ato
grave, de constrangimento, que atenta contra os direitos individuais”, afirmou
Lupi. Ele citou nota oficial da OAB de Londrina que classificou de
espalhafatosos e atentatórios às garantias constitucionais atos do GAECO que são
sempre divulgados com estardalhaço pela mídia local, hostil ao prefeito do PDT.
“O prefeito não é diretamente acusado de nada, mas tentam atingi-lo
prendendo seus auxiliares para desgastá-lo perante a opinião pública e tentar
inviabilizar sua candidatura a reeleição em outubro próximo que tem ampla
chance de vitória pela excelente imagem que desfruta pelo conjunto de obras que
vem realizando na cidade”, destacou Lupi.
No ato na praça pública, que reuniu cerca de 500 pessoas e foi
monitorado o tempo todo por elementos da P2 e policiais fardados, os oradores
se sucederam, alternados por apresentações de vídeo ontem se pronunciaram em
defesa de Barbosa Neto e sua gestão, entre outros, o Líder do PDT na Câmara,
André Figueiredo (PDT-CE), e o Líder do PDT no Senado, o paranaense Acir Gurgaz
(PDT-RO).
De viva voz, se dirigiram aos presentes, o deputado federal Everton
Rocha (PDT-MA), que lembrou a luta do PDT maranhense contra as armações
politicas do PSDB local, alguns vereadores da base de Barbosa Neto na
Câmara Municipal e o prefeito de Paranaguá, José Baka Filho, entre outros.
O secretário nacional do PDT, Manoel Dias, comparou a campanha contra
Barbosa Neto as campanhas desfechadas pelas forças conservadoras contra o
presidente Getúlio Vargas, que foi obrigado a desfechar um tiro no coração; a
campanha da direita contra as reformas de base de João Goulart, obrigando-o
a partir para o exílio a partir de 1964; e a campanha permanente que Brizola
sofreu dos setores mais atrasados do Brasil por fazer política para os
excluídos, para os trabalhadores, para as camadas mais necessitadas da
população.
Lupi destacou por sua vez que Barbosa, a quem conhece há mais de 20
anos, é e sempre foi um homem limpo e correto, que sempre se dedicou, na
política, ao bem comum e aos mais necessitados “porque sempre teve lado, o lado
do povo”. Lupi elencou as realizações da gestão de Barbosa nos três anos que
está na prefeitura, especialmente o que tem feito na área de educação tocando o
projeto de escola integral de qualidade para as camadas mais necessitadas da
população. “A principal bandeira do PDT”, frisou.
Destacou que, por sua luta pelos trabalhadores e os mais sofridos,
contraria muitos interesses estabelecidos mas que ele, por conta de tudo que
estava ocorrendo, estava ali para defende-lo e “de pé pelo Brasil”. E ao
concluir, disse: “Barbosa, não tema nada, continue sua luta e aproveite as
pedras que jogam em você para construir o castelo de sua vitória”.
Barbosa Neto encerrou o ato com um discurso de 33 minutos onde,
interagindo com a multidão, fez um relato sobre os problemas que vem
enfrentando, emocionou-se ao falar dos seus companheiros e secretários na
prisão, rezou com a multidão e agradeceu, muito, aos companheiros do PDT que se
deslocaram de vários lugares e estados para estarem, com ele, naquele ato de
solidariedade ao seu governo.
Ao encerrar a sua fala, todos, de mãos dadas no palco, cantaram com
muita emoção parte do Hino da Independência e especialmente o refrão, que era o
preferido de Leonel Brizola, com os versos “ou ficar a pátria livre ou morrer
pelo Brasil”.
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