quinta-feira, 21 de junho de 2012

Prefeito Barbosa Neto anuncia Estado de Emergência em virtude das chuvas


Devido às fortes chuvas que ocorreram na cidade, 175 quilômetros de estradas na zona rural estão danificados; Defesa Civil avalia estragos para realizar ações 
O prefeito de Londrina, Barbosa Neto, anunciou ontem (20), durante coletiva à imprensa realizada no prédio da Prefeitura, que o município vai decretar Estado de Emergência devido às fortes chuvas que ocorreram na cidade durante esta semana.
Conforme Barbosa Neto, o decreto justifica-se, principalmente, pelo estado de calamidade em que se encontra a zona rural da cidade. De acordo com a secretária municipal de Agricultura e Abastecimento, Marisol Chiesa, 175 quilômetros de estradas na região rural estão intransitáveis, 10 pontes estão comprometidas e 10 bueiros foram rompidos. Os principais pontos danificados estão em estradas que ligam ao Patrimônio Guairacá, Distrito de Lerroville e de Guaravera. “Como não é possível recuperar todo o trecho de uma só vez, o município está tomando medidas com base no levantamento técnico que a equipe da Secretaria de Agricultura e Abastecimento fez ontem e continua realizando hoje. A prioridade é a questão do abastecimento e do direito de ir e vir, principalmente, de hortifrutigranjeiros que precisam retirar seus produtos diariamente. Por isso estamos avaliando e planejando as ações que precisam ser realizadas imediatamente”, explicou Marisol Chiesa. Além da zona rural, as chuvas prejudicaram 27 escolas municipais que sofreram danos com o entupimento de calhas, alagamentos e destelhamentos. Apesar dos prejuízos, não houve falta de aulas e todos os estudantes tiveram as atividades normais. Conforme o balanço apresentado pelo prefeito, que esteve acompanhado de secretários e secretárias municipais, oito pontes na região urbana foram danificadas; o Parque Arthur Thomas e o Parque Ecológico Municipal Doutor Daisaku Ikeda estão interditados; e a barragem do Lago Igapó 1 transbordou, o que provocou a interrupção do trânsito na avenida Almeida Garret. Os números de ocorrências ainda não estão fechados devido à dificuldade de acesso em alguns pontos da cidade. De acordo com o prefeito, os estragos teriam sido maiores se o município não tivesse adotado medidas como a retirada de famílias que viviam em fundos de vale, principalmente, no Córrego Tucanos e Rosa Branca. “Graças aos trabalhos realizados pela Cohab, com a regularização fundiária e a retirada de famílias de áreas vulneráveis os danos não foram maiores, nenhum caso grave foi registrado e nenhuma família ficou desabrigada e precisou utilizar as instalações do Ginásio Moringão”, disse Barbosa Neto.
Na tarde de hoje, a Defesa Civil vai atender a 40 pedidos de vistoria e a Secretaria Municipal de Ambiente (SEMA) avaliará a situação no ribeirão Lindóia, localizado na região norte, para verificar os danos causados com o derramamento de 60 mil litros de óleo de dois vagões que se chocaram no pátio da ALL. A preocupação do governo municipal está na possível contaminação que o Lago Norte pode sofrer, pois as águas o ribeirão Lindóia desaguam nele. A Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação também irá vistoriar a estrutura da barragem do Lago Igapó 1 e a situação da rua Almeida Garret, assim que as chuvas pararem. Os trabalhos de manutenção de telhados de escolas municipais da Gerência de Manutenção Escolar também dependem do bom tempo. Ontem (19), as escolas municipais Professora Mari Carrera Bueno, Eurides Cunha e Professor Odésio Franciscon já receberam atendimento.
Os prejuízos financeiros, ainda, não podem ser quantificados e o município encaminhará ao governo federal o formulário de Notificação Preliminar de Desastre (NOPRED) e o Relatório de Avaliação de Danos (Avadan) pedindo recursos financeiros para as obras de reconstrução que serão necessárias. Na última chuva forte que ocorreu em Londrina, em outubro de 2011, foram necessários R$ 23 milhões para a reconstrução de pontes, estradas e conserto de estragos causados pelas chuvas. Desde o início das medições de precipitação de chuvas, realizadas pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) em Londrina, desde 1976, nunca havia chovido tanto em um único dia, como o registrado ontem pelo instituto. A média de precipitação para o mês de junho era de 87 milímetros, sendo que este mês, a cidade já registra 340 milímetros.

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